terça-feira, 24 de abril de 2012

Políticas curriculares no foco das investigações

Edil V. Paiva, Rita de Cássia Prazeres Frangella, Rosanne Evangelista Dias
Resumo
ü  As políticas curriculares disseminadas nos últimos trinta anos no Brasil e no mundo fazem parte do contexto de globalização amplamente discutido pela literatura do currículo.
ü  É certo que o processo de globalização acarretam “consequências  sérias na transformação de ensino e aprendizagem” ( Burbules & Torres, 2004, p.13). Contudo as políticas curriculares não são afetadas pelas mesmas condições da globalização, pois guardam em si marcas  de sua singularidade produzidas por práticas, concepções, valores e intenções de vários sujeitos nos múltiplos espaços a que pertencem no contexto educacional e social.
ü  Bernstein (1996), analisando as influências do discurso da reforma, demonstra como a relação entre conhecimento/informação e a organização da produção na sociedade contemporânea cria uma ideia de mercado de conhecimento e de conhecedores, produzindo uma nova relação entre conhecimento e sujeitos.
ü  Essas alterações significativas na organização da produção e em sua relação com o conhecimento e informação levaram a um abandono ou marginalização dos propósitos sociais de educação (Ball, 2001, p.100)
ü  Para  Kellner (2004), o grande desafio é de compreender as relações entre o global e o local, observando a maneira como as forças globais influenciam e estruturam um número crescente de situações.
ü  Na relação entre macro e micro, global e local, Lingard (2004) destaca as medições, traduções e recontextualizações da políticas curriculares “ por culturas, histórias e políticas locais, como característica do processo de reestruturação educacional no qual estamos vivendo.
ü  Devemos pensar as políticas de currículos como resultado de um contínuo ciclo de políticas. Elas devem ser entendidas não apenas como produção de governos em seus mais diversos âmbitos, mas também como produção da cultura, “do embate de sujeitos, concepções de conhecimento, formas de ver, entender e construir o mundo” (Lopes, 2004ª, p.193)
ü  As políticas curriculares tratam tanto de propostas como de práticas, e que ambas devem ser analisadas em seu aspecto relacional. Desse modo, propostas e práticas, devem ser vistas como elementos da política curricular voltadas para seu objetivo principal: a constituição do conhecimento escolar, seja ele produzido para a escola ou pela escola (Lopes, 2004a, 2004b, 2004c). 

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