quinta-feira, 14 de junho de 2012

Histórica Única

Que palestra fantástica! Foi muito enriquecedor assistir essa palestra interessantíssima, rica em significados e com profundas abordagens que passam despercebidas em nossa vida profissional. Diante dos argumentos da palestrante comecei refletir minha vida profissional e quantas históricas únicas eu ouvi e até contei para meus alunos. Quantas (...) Somando-se a esta palestra os questionamentos e considerações de Paulo Freire, podemos analisar a prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser e de saber do educando. Quantas vezes como professores não respeitamos o conhecimento que o aluno traz para a escola e contamos  a nossa versão dos fatos, dos contextos, ou seja, a  nossa história. De acordo com Paulo Freire é preciso respeito ao saber do educando, é necessário buscar o desenvolvimento da curiosidade, crítica, insatisfação, indócil do aluno. Quantas coisas o professor precisa compreender para exercer sua profissão, uma vez que, segundo Paulo Freire ensinar exige estética e ética. Nesse contexto, precisamos acrescentar nesse entendimento que ensinar exige consciência do inacabamento, inserção do sujeito inacabado num permanente processo social de busca. Ser professor, se tornar educador, não contar histórias únicas, refletir suas práticas (....) Lendo A pedagógica da Autonomia compreendi muitas coisas, entre elas destaco, “ o professor deve ter respeito à autonomia e à identidade do educando. Deve ter também, bom senso;  o exercício deste nos permite superar o que há de instintivo na avaliação e na atitude que tomamos diante dos fatos e acontecimentos em que nós envolvemos, ensinar exige humildade e tolerância" (...) Espero que um dia todos nós, professores, possamos compreender que não somos portadores de verdades absolutas e que lidamos com GENTE!

Criatividade e Currículo

A palestra foi muito interessante, apesar de que não concordo com tudo que Ken Robinsom abordou. Acho que muita coisa que foi dita, por ele,  precisa ser repensadas  e analisadas, principalmente em relação a educação e a profissão de professor. Após assistir a palestra, refleti muito sobre minha vida profissional e escrevi este texto.
Assistindo a palestra lembrei-me das minhas aulas de ciências com as crianças do  6 ºano do ensino fundamental, no ano de 2010.  Essa turma marcou minha vida profissional porque até aquele ano eu só tinha trabalhado com a turma do ensino médio no conteúdo de biologia. O mundo das crianças  é completamente diferente quando comparado ao mundo dos adolescentes, as crianças são criativas, respondem sem medo de errar, falam espontaneamente, contam suas histórias, suas experiências e são atrevidas.                                         
Quando o palestrante menciona que a escola mata a criatividade das crianças, eu tenho que concordar. Nós professores      ficamos presos a um currículo que nos é imposto e que devemos cumprir a risca, uma vez que, seremos comprados pelo não cumprimento dele.                
Hoje, fazendo uma reflexão da vi  da profissional consigo visualizar os inúmeros erros que cometi por seguir um currículo severo, conteudista, e alheio ao mundo dos alunos. Aquelas crianças do 6º ano marcaram minha vida, porque pela primeira vez em sete anos de profissão        consegui trabalhar assuntos do mundo deles, assuntos que permitiam ir além do conteúdo do currículo, assuntos que tornavam as aulas interessantes e que permitiam, pelos menos em algumas aulas, que eles pudessem ser criativos.
Delizoicov et al (2009)  faz uma critica, com relação a formação inicial de professores, uma fez que, segundo este uns dos desafios do mundo contemporâneo, particularmente os relativos às transformações pelas quais a educação escolar necessita passar, incidem diretamente sobre os cursos de formação inicial e continuada de professores, cujos os saberes e praticas tradicionais estabelecidos e disseminados dão sinais inequívocos de esgotamento.
Mediante a essa abordagem de Delizoicov (2009) e considerando o vídeo da palestra, entendo que precisamos repensar o currículo, torná-lo mais atrativos, mais oportuno para se trabalhar a criatividade dos alunos, bem como, sendo mediador  para o desenvolvimento de talentos.  
Quando comparo minhas aulas de biologia para os alunos do ensino médio e as aulas de ciências do 6º ano, vejo que o conteúdo é importante porém deve ser trabalhado prol dos alunos, de suas necessidades, de suas expectativas, do seu mundo
Considero como pertinentes as considerações de Chassot (2003), quando este mencionam que  é permitido reivindicar a escola um papel mais atuante na disseminação do conhecimento. Sonhadoramente, podemos pensar a escola sendo pólo de disseminação de informações privilegiadas” (CHASSOT, 2003, p.90).

Mediante a essas abordagens, considero importante repensar o papel da escola e o papel do currículo. Como já mencionei o conteúdo é importante, porém necessita ser trabalhado em prol dos alunos, uma vez que, o professor não é portador de verdades absolutas.